terça-feira, 17 de outubro de 2017

Inteligência artificial do Google, cria código melhor do que de seus desenvolvedores



Primeiro, dois robôs que conversam entre si, em uma linguagem que nenhum ser humano foi capaz de decifrar. Meses atrás, esse experimento, deixou o mundo digital em alerta, afinal não é todo dia que um robô inventa um algoritmo para se comunicar, em segredo, com outro robô.

Esse semana o Google, nos surpreendeu novamente. A empresa divulgou que o seu sistema de machine learning foi capaz de criar códigos com uma eficiência superior quando comparado ao que foi criado pelos próprios desenvolvedores da plataforma. O sistema não apenas desenvolveu um código de programação, mas um código melhor, do que o de seu criador.
Batizado de AutoML, esse sistema foi desenvolvido como uma solução para a falta de talentos na área de programação de inteligência artificial. Infelizmente não há muitos programadores experientes nessa área. Foi por isso que o time da Google resolveu criar uma máquina para fazer esse trabalho.





O AutoML é capaz de realizar milhares de simulações para determinar quais áreas de um código precisam ser aprimoradas, fazer mudanças e continuar o processo de forma indefinida ou até que determinado objetivo seja alcançado. Isso é impressionante não somente pelo fato de uma máquina estar fazendo isso, mas porque o que está sendo gerado é melhor do que o próprio ser humano seria capaz de fazer. E tudo isso trabalhando por horas e hora sem parar.
A prova de que o código produzido pelo AutoML é melhor do que o criado pelos seus desenvolvedores ficou claro em um teste de reconhecimento de imagem. O sistema da Google obteve o resultado recorde de 82% na taxa de reconhecimento. Até então, as plataformas de inteligência artificial conseguiam alcançar a taxa de 42%, o que já superava o score de 39% alcançado por algoritmos humanos.



Porém, infelizmente (ou felizmente) ainda estamos um pouco longes de conhecermos a Skynet do mundo real. A Google anunciou o AutoML há apenas cinco meses, o que significa que o sistema ainda precisa de muito amadurecimento no mercado. Contudo, é realmente impressionante ver o que essa plataforma fez em tão pouco tempo de vida. Não temos modelos de inteligencia artificial capazes de traçar um cenário futuro, nem remotamente previsível, sobre o que esse algoritmo será capaz de fazer. Criar uma inteligência assim pode ser muito benéfica, mas pode ser maléfica também. E essa dúvida é que traz o perigo.



Fei-Fei Li, é diretora da Inteligência Artificial Stanford e Vision Labs, e também ajudou nas pesquisas da DeepMind, tem uma visão menos pessimista. Em entrevista ao diretor do MIT, Li acredita que a humanização dos sistemas de IA, farão com que os robôs sejam mais aceitáveis. Ela também defende que será impossível os robôs dominarem a humanidade:
“Como ela é muito centrada na tarefa, ainda carece de consciência contextual e falta o tipo de aprendizagem flexível que os humanos possuem. Nós também queremos fazer uma tecnologia que melhore a vida dos seres humanos, nosso mundo mais seguro, nossas vidas mais produtivas e melhores. Tudo isso requer uma camada de comunicação e colaboração a nível humano”





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